A resistência ao cisalhamento de um solo pode ser encontrada através de ensaios de cisalhamento direto, ensaios rápidos e de simples execução. Com base no ensaio de cisalhamento direto pode-se obter a envoltória de ruptura, a partir da qual são determinados os valores de coesão e ângulo de atrito. Para tanto, três amostras de mesmo solo sob as mesmas condições de moldagem, são submetidas inicialmente a valores de tensão normal distintos e depois cisalhadas. É importante observar que o ensaio deve garantir que as tensões aplicadas (peso do equipamento e cargas) sejam transmitidas as partículas sólidas e não sobre a água presente na amostra. Nesse sentido, os ensaios devem ser do tipo CD (Consolidado e cisalhado Drenado), ou seja, com drenagem permitida durante todas as fases de execução. Assim, é importante a determinação do tempo de consolidação, que pode ser encontrado, seja pelo ensaio de adensamento ou pela etapa de consolidação do ensaio de cisalhamento direto, e pode indicar em qual velocidade de cisalhamento o ensaio deve ocorrer para que o tempo de ruptura da amostra seja superior ao esse tempo de consolidação, permitindo a drenagem da amostra. Este trabalho investiga se a velocidade adotada pode influenciar nos valores de resistência do caulim, uma argila de baixa plasticidade. Após a execução de ensaios de caracterização e de adensamento, foram feitos ensaios de cisalhamento direto com o caulim. A partir dos resultados obtidos, concluiu-se que o solo não apresentou diferenças significativas no comportamento da resistência ao cisalhamento a depender da velocidade de cisalhamento do ensaio. Os resultados procuram auxiliar na escolha de diferentes velocidades de ensaio de cisalhamento direto, buscando diferenças em um dos parâmetros mais importantes dos solos, as resistências.