A goiaba é uma fruta de composição química rica, em especial no conteúdo de compostos bioativos, assim como os compostos fenólicos. A extração convencional de compostos fenólicos é realizada utilizando solventes orgânicos, que reconhecidamente prejudicam a saúde e o meio ambiente. Dessa forma, a aplicação de líquidos iônicos (LI) em processos de extração é uma alternativa inovadora, pois segue os princípios da química verde e minimiza as contaminações. Portanto, o objetivo do projeto foi avaliar os parâmetros significativos para a extração assistida por ultrassom (EAU) de compostos fenólicos com potencial antioxidante da polpa e resíduo do processamento da goiaba utilizando o LI cloreto de 1-butil-3-metilimidazólio em substituição aos tradicionais solventes orgânicos. Os extratos foram preparados seguindo um planejamento fatorial completo 2³ variando concentração do LI, tempo de EAU e temperatura de extração, seguindo uma relação amostra/solvente de 0,06 g.mL^-1. Uma extração com metanol foi feita simultaneamente como controle. A determinação dos fenólicos totais foi realizada pelo método Prussian Blue e a atividade antioxidante pelo método DPPH. O LI utilizado conseguiu extrair do resíduo do processamento da goiaba compostos fenólicos totais variando entre 0,90 a 4,01 mg.g^-1 ácido gálico, com potencial antioxidante variando entre 2,17 a 8,77 mg.g^-1 ácido ascórbico. Devido à pandemia, não houve tempo hábil para continuar o estudo nas amostras da polpa da goiaba. Como alternativa para o desenvolvimento da pesquisa de forma remota, foi realizada uma revisão de literatura sobre métodos de extração de carotenoides assistida por ultrassom de diferentes fontes vegetais abordando a utilização do líquido iônico e outros solventes convencionais, analisando principalmente os fatores tempo de extração, temperatura e concentração do solvente extrator.