A terapia molecular é uma estratégia encorajadora para o tratamento de doenças humanas. Em particular, o uso de terapia genética para direcionar a expressão de genes terapêuticos para as células alvo é extraordinariamente atraente no tratamento do câncer. Portadores do gene não virais, tais como polímeros sintéticos são cada vez mais investigados na terapia genética, pois sua estrutura química pode ser precisamente ajustada para as propriedades ideais. Este trabalho teve como objetivo modificar a poli(etilenoimina) (PEI) de duas massas molares diferentes (2.000 e 25.000 g mol^-1)com manose (PEI-Man) e lactose (PEI-Lac) e a kappa-carragenana (κ-CAR) com cisteína. As modificações da PEI foram planejadas a fim de reduzir a citotoxicidade do polímero e permitir uma melhor eficiência de expressão gênica, visando a formação de poliplexos. Os polímeros modificados foram caracterizados por Espectroscopia no Infravermelho e Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio.  A formação dos poliplexos foi acompanhada por espectrofotometria de UV-Vis, Potencial Zeta e Espalhamento de Luz. As sínteses de modificações das PEIs foram bem sucedidas, obtiveram-se diferentes graus de substituição da lactose e manose (PEI₂₀₀₀-Lac ~17%; PEI₂₀₀₀-Man ~5%; PEI₂₅₀₀₀-Lac ~15%;PEI₂₅₀₀₀-Man ~6%). Obteve-se poucos resultados partir da modificação da κ-CAR com  a cisteína. As PEIs com maiores massas molares foram as que apresentaram melhores resultados na complexação com o DNA e apresentaram três etapas na formação dos complexos. O raio hidrodinâmico diminuiu conforme os complexos foram se formando e aumentando sua carga.