Santa Catarina é responsável pela maior parte da produção de moluscos bivalves no país, tendo como a principal espécie de ostra cultivada a Crassostrea gigas. No entanto, há também duas espécies nativas com importância econômica: Crassostrea gasar e Crassostrea rhizophorae. As baías de Florianópolis sofrem influência de rios, estuários e diferentes correntes marítimas, o que faz com que haja ambientes distintos entre norte e sul da ilha. O objetivo desse trabalho é quantificar a taxa de filtração e produção de biodepósitos de ostras do gênero Crassostrea e determinar a velocidade de sedimentação dos biodepósitos de Crassostrea gigas em dois ambientes de cultivo. A unidade experimental será compartimentada com câmeras individuais para cada animal com água do ambiente, com fluxo controlado e homogêneo para coleta de fezes e pseudofezes dos moluscos. Os biodepósitos de cada unidade experimental serão colhidos e enviados ao laboratório para análises de material particulado total. A partir deste, serão realizados cálculos de taxa de filtração e biodeposição. Para determinação da velocidade de sedimentação será utilizado o processo UFT-type, o qual consiste na construção da curva de sedimentação. Posteriormente as fezes e pseudofezes serão depositadas no topo da coluna de sedimentação e retiradas pelo fundo em diferentes intervalos de tempo. Espera-se com esse estudo quantificar a taxa de filtração e produção de biosólidos (mg L-1) para ostras do gênero Crassostrea e determinar a velocidade de sedimentação dos biodepósitos de Crassostrea gigas (cm s-1).