Avaliar o efeito do aquecimento de cimentos à base de silicato de cálcio em suas propriedades físico-químicas e na resistência de união desses cimentos à dentina do canal radicular. O estudo foi dividido em fases: fase I, os efeitos do aquecimento foram observados nos cimentos biocerâmicos Bio-C Sealer, BioRoot RCS e o cimento à base de resina epóxica AH Plus, quanto ao tempo de presa, etc. Na fase II foi verificada a força necessária para o deslocamento dos cimentos testados à dentina radicular, pelo teste de push out, e as falhas ocorridas (coesivas, adesivas ou mistas).Estaremos expondo os resultados da Fase II; 30 dentes de humanos, hígidos, com canal único e reto. Foram obtidas 60 secções transversais perpendiculares , com 1 mm. Em cada fatia foram feitos 3 orifícios com 1,0 mm de diâmetro cada, equidistantes entre si e o canal. Após, as fatias (n=60), foram fixadas em placa de vidro e os orifícios preenchidos com: Bio-C Sealer, Bioroot RCS e AH Plus. Metade das fatias (n=30) foram preenchidas por cada cimento manipulado de acordo com as instruções dos fabricantes e inserido em um dos orifícios (Grupo não aquecido). No restante, os cimentos foram aquecidos a 100°C por 1 min.  Depois de 07 dias em estufa  os espécimes foram submetidos ao teste de push out. As falhas foram analisadas em estereomicroscópio. A análise dos dados (ANOVA de 1-Via e Tukey, α = 5%) mostrou diferença significativa apenas para o cimento AH Plus (p=0,001), com maiores valores de RU à dentina após o aquecimento. Os outros cimentos não apresentaram diferença estatística significativa de RU quando aquecidos ou não (p > 0,05). Quando comparados entre si e não aquecidos, houve diferença entre o AH Plus e Bio-C Sealer (p<0,001) e BioRoot e Bio-C Sealer (p<0,001). Quando aquecidos, observou-se valores médios de RU do AH Plus > BioRoot > Bio-C Sealer (p<0,001). De modo geral, a falha mais frequente após o teste de push out foi a coesiva, seguida da adesiva, sendo a  mista a menos frequente.