Número do Painel
Autor
Instituição
UFSC
Tipo de Bolsa
BIPI/UFSC
Orientador
FABIO GONÇALVES DAURA JORGE
Depto
DEPARTAMENTO DE ECOLOGIA E ZOOLOGIA / ECZ/CCB
Centro
CENTRO DE CIENCIAS BIOLOGICAS
Laboratório
Laboratório de Mamíferos Aquáticos
Grande Área / Área do Conhecimento
Ciências da Vida/Ciências Biológicas
Sub-área do Conhecimento
Ecologia
Titulo
Prevalência, intensidade e distribuição de Xenobalanus globicipitis (Cirripedia: Coronulidae) em cetáceos na Bacia de Santos, Brasil
Resumo

Xenobalanus globicipitis é uma espécie de craca que vive na pele de mais de 30 espécies de baleias e golfinhos e colonizam o hospedeiro nas bordas da nadadeira dorsal. Os dados de prevalência em cetáceos variam de 0.5 a 55% e a intensidade é altamente variável. Essa relação é pouco compreendida em território brasileiro. Portanto, o presente estudo tem como objetivo analisar a prevalência, intensidade e distribuição de cracas em cetáceos na Bacia de Santos – área de cerca 352 mil km² que se estende do Rio de Janeiro a Santa Catarina – através do monitoramento das populações de cetáceos pelo Projeto de Monitoramento de Cetáceos da Bacia de Santos (PMC-BS). Os dados foram coletados durante cruzeiros realizados entre 2015 e 2019, sendo a foto-identificação a principal ferramenta utilizada. Foram identificados 119 indivíduos em 45 avistagens nos anos de 2018 e 2019 pertencentes à 11 espécies e 2 gêneros de cetáceos, sendo cinco destes novos registros de espécies hospedeiras em águas brasileiras. Estimativas de intensidade de infestação por indivíduo foram realizadas a partir da área da nadadeira colonizada pelas cracas e os valores variaram de menos de 0,1% a 4,84%, sendo a espécie com maior média Sotalia guianensis, seguido por Steno bredanensis e Orcinus orca. A prevalência de cracas por espécie foi obtida a partir do número de indivíduos com Xenobalanus em relação ao total identificado, resultando em prevalências de 0,8% em Stenella longirostris e Globicephala sp. a 44,4% em Pseudorca crassidens. Grupos com Xenobalanus foram observados mais frequentemente entre Ilhabela-SP e Cabo Frio-RJ em regiões rasas e próximas da costa, sendo cerca de 68% em profundidades de até 100m. O presente estudo observou picos de infestação a cada seis meses, o que sugere um ciclo de vida das cracas em torno desse período. Os dados apresentados ajudam a melhor compreender a relação craca-hospedeiro, assim como diversas questões a respeito da ecologia dessas espécies.

Link do Videohttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/212504
Palavras-chave
Interação, crustáceos, mamíferos marinhos, ocorrência
Colaboradores

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