Os consumidores e os fabricantes de alimentos há muito tempo estão interessados em adoçantes dietéticos para substituir a sacarose nos alimentos, melhorando o sabor e reduzindo as calorias. O sorbitol, um substituto do açúcar, naturalmente encontrado em frutas, é aproximadamente 60% tão doce quanto a sacarose, porém com um valor calórico inferior e por possuir essa característica é utilizado como adoçante na fabricação industrial para diversos fins alimentares e possui importante papel na indústria farmacêutica. É amplamente usado como excipiente em medicamentos e como princípio ativo em laxativos, possui comprovada ação diurética e estudos mais recentes demonstraram atividade antitumoral in vitro. Para uma molécula ser considerada como um potencial composto antitumoral, a citotoxicidade causada as células tumorais deve ser superior a causada as células não tumorais. Porém sabe-se que a ingestão consistente de edulcorantes alimentares pode induzir efeitos citotóxicos, genotóxicos e carcinogênicos nos indivíduos expostos, assim, há necessidade de mais estudos sobre o potencial efeito antitumoral do sorbitol de modo a chegar a uma conclusão científica sobre a sua segurança para o consumo humano. Portanto, este estudo propõe-se a analisar o potencial efeito citotóxico do sorbitol, utilizando a linhagem tumoral MCF-7 e a linhagem não tumoral HEK293, a fim de verificar a seletividade e potencial como antitumoral por meio dos seguintes experimentos: ensaio de citotoxicidade, análise de ciclo celular, potencial de membrana mitocondrial e geração de espécies reativas de oxigênio (EROs). Avaliando os resultados obtidos pode-se observar que o sorbitol apresenta uma potencial citotoxicidade, induzindo à morte celular por apoptose, e não apresenta seletividade entre as células tumorais e não tumorais. Presume-se um baixo ou nenhum potencial antitumoral, porém para confirmar essa hipótese seria necessário a realização de futuros estudos.