A expansão urbana desordenada trouxe efeitos para as cidades, modificando a forma das comunidades se relacionarem com espaços verdes. Assim, o desenvolvimento de técnicas baseadas na Natureza tornaram-se excelentes alternativas para minimizar tais impactos. Esta pesquisa teve como objetivo identificar o uso de Técnicas Compensatórias, caracterizar os Serviços Ecossistêmicos (SE) dos Sistemas de Biorretenção (SB), mapear funções ecossistêmicas, monitorar e caracterizar o SASP (Sistema Água, Solo e Planta). O projeto piloto encontra-se na Fazenda Experimental da UFSC na Ressacada. Realizou-se análise de afluente e efluente do SB (pH, NO₂, NO₃, NH₄, DQO e P), solo e planta (pH e N) e de raízes e folhas, revisões bibliográficas e produção de artigo. Devido ao isolamento social causado pela COVID-19, foi necessário enviar dados de efluente e solo para laboratório externo. Por meio desta pesquisa, pode-se compreender que os SB possuem funções ecossistêmicas que promovem SE, estes por sua vez proporcionam o bem estar humano. As plantas possuem características funcionais que têm grau de influência diferentes nos SE de regulação, sendo a densidade de plantio a característica que mais exerce influência. No que tange o uso de Técnicas Compensatórias, as revisões realizadas mostraram que estas podem promover manejo e tratamento de águas pluviais urbanas. No Brasil observou-se que estas técnicas têm boa adaptação ao Clima Tropical. Para que os benefícios promovidos pelas Técnicas Compensatórias possam ser potencializados é necessário o reconhecimento e conscientização por parte do Poder Público e comunidades em que estão inseridas.