A revegetação de áreas degradadas pela mineração de carvão auxilia a criar um ambiente favorável à recuperação destes locais. Foi utilizada a bracatinga (Mimosa scabrella Benth.) que se caracteriza por ser uma espécie pioneira, nativa e de rápido crescimento. Entretanto, a espécie também apresenta dificuldades de estabelecimento nessas áreas, devido às limitações físico-químicas e biológicas presentes no local. Microrganismos associativos com a bracatinga foram usados para ajudar o desenvolvimento da planta. O objetivo foi isolar, caracterizar taxonomicamente as bactérias associativas da bracatinga, avaliar sua influência no estabelecimento da espécie em solo degradado pela mineração de carvão na região Carbonífera de Santa Catarina, bem como a capacidade de produção de substâncias promotoras do crescimento vegetal. Inicialmente foi realizado um experimento em casa de vegetação para isolar as bactérias associativas da bracatinga e testá-las quanto sua capacidade de promoção do crescimento vegetal in vitro. Posteriormente, os isolados considerados mais promissores foram identificados taxonomicamente e caracterizados quanto à capacidade de produção de substâncias promotoras do crescimento vegetal in vitro. Doze isolados foram considerados promissores, apresentando incrementos de MSPA e MSR em relação ao controle.Os isolados foram classificados taxonomicamente como pertencentes ao gênero Bacillus sp. (1S3, 11S1, 1S3, 40S1, 15P1, 4P3, 7S1, 15P3, 20S3 e 3P3) e Paenibacillus sp. (21S2 e 29S2).Na avaliação da produção de substâncias promotoras do crescimento de plantas in vitro, dois isolados não apresentaram resultado positivo para as características avaliadas.Porém, sete isolados foram capazes de solubilizar fosfato, oito foram capazes de produzir AIA, dois produziram sideróforos.O isolado 31S3 é sugerido como o isolado com maior potencial à elaboração de inoculante para a promoção do crescimento da bracatinga em condições de solos degradados pela mineração de carvão.