As utilizações de estratégias de neuromodulação para manipular o funcionamento de estruturas do sistema nervoso central têm se mostrado como alternativas para tratamentos de pacientes neurológicos e psiquiátricos resistentes à farmacoterapia, dentre as técnicas, a estimulação cerebral profunda (DBS, do inglês Deep Brain Stimulation) é uma alternativa viável devido a sua precisão durante a estimulação. Por ser um procedimento que foi desenvolvido a partir dos resultados da clínica, pouco se sabe sobre os mecanismos fisiológicos associados ao efeito terapêutico, fazendo com que haja a necessidade de investigações utilizando o método experimental para conhecer melhor os mecanismos de ação e efeito colaterais da utilização desta técnica. A rede de neurônios do sistema límbico possui sinapses eferentes com sistemas comportamentais e fisiológicos para evocar a resposta emocional adequada ao estímulo emocional, O modelo de integração neurovisceral propõe que durante a situação de repouso, ou em condições fisiológicas de neutralidade, a amígdala (AMI) esteja inibida tonicamente por sinapses GABAérgicas do córtex pré-frontal (CPF). O funcionamento adequado desta relação de inibição entre o CPF e AMI pode estar relacionada com o processo de regulação emocional e consequentemente da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC). O objetivo desse trabalho é verificar se a VFC é um parâmetro eletrofisiológico adequado para ajustar os parâmetros do DBS em prol de otimizar seu desempenho para reduzir comportamentos emocionais de roedores. Os resultados deste estudo sugerem que a estimulação DBS de forma bilateral, bipolar durante 1h na amígdala não produz alterações significativas nos índices da VFC. Embora hajam evidências na literatura que justifiquem a aplicabilidade da VFC como biomarcador de processos emocionais, a possibilidade de investigar o efeito do DBS sob os índices da VFC em roedores não é aplicável por meio das ferramentas utilizadas neste projeto.