Uma prática comum para o controle de doenças foliares na vitivinicultura é a utilização fungicidas cúpricos onde frequentes aplicações resultam em acúmulo de cobre no solo gerando toxicidade às raízes. A fitorremediação com plantas de cobertura e a inoculação de fungos micorrízicos arbusculares (FMA) podem ser utilizadas para minimizar esses efeitos. A aveia como planta de cobertura atua como protetor físico do solo, minimizando a erosão e a biodisponibilidade de cobre, e os FMA formam simbioses radiculares absorvendo água e nutrientes em troca de fotoassimilados. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da inoculação de diferentes FMA autóctones e da aveia como planta de cobertura em mudas de videiras em solo contaminado com cobre. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e com dois fatores: a inoculação e o plantio prévio de aveia, com 5 repetições. Isolados de FMA obtidos das áreas de vitivinicultura contaminada por cobre e um isolado de área contaminada por rejeito de carvão foram inoculados em vasos com solo esterilizado. Também foi utilizado um inoculante comercial e um tratamento controle não inoculado. Após 60 dias foi avaliado o número de esporos de FMA nos vasos com e sem aveia. Após a coleta da biomassa aérea da aveia, mudas de videira foram plantadas em todos os vasos e permaneceram por 120 dias. Foram avaliadas a produção de biomassa da raiz e parte aérea, e a avaliação da colonização micorrízica foi postergada por conta da pandemia. Os resultados indicam que os FMA auxiliam no crescimento da aveia em solo com elevado teor de Cu, e o pré cultivo de aveia foi capaz de estimular o crescimento das mudas de videira independente do tratamento de inoculação de FMA. Concluímos que a prática do pré-cultivo de aveia e a inoculação de FMA pode auxiliar no estabelecimento e crescimento de mudas de videira cultivadas em solos contaminados por Cu.