Aprender uma segunda língua pode ser um desafio para o estudante depois de ter a sua primeira língua já consolidada. Um desses desafios está na pronúncia da L2, uma vez que o sistema sonoro da L1 funciona como atrator, fazendo com que o aprendiz utilize as informações sonoras da sua L1 na sua fala de L2, o que Flege (1995) chama de “classificação equivalente”. Em estudos prévios (ex.: ZIMMER, 2004; BARATIERI, 2006; SILVEIRA, 2012) percebeu-se que, mesmo com níveis de proficiência elevados em língua inglesa, aprendizes do português podem continuar a apresentar dificuldades na produção de consoantes de maneira inteligível. Logo, para investigar tal dificuldade, o presente trabalho longitudinal buscou coletar dados dos participantes (dos cursos de Letras Inglês e Secretariado Executivo) com intervalo de, em média, seis meses, com intuito de verificar se o aumento nos níveis de proficiência da língua inglesa teria reflexos diretos na produção mais inteligível das codas [d t p b k g]. Com o auxílio do software Praat, foi possível analisar os dados coletados e chegar a conclusões preliminares de que, à medida que a proficiência na língua inglesa aumenta, a produção das codas [d t p b k g] tende a ser mais inteligível. Contudo, ainda é necessário terminar os estudos a cerca deste tema, de modo a apresentar resultados mais concretos.