Os macrofungos poliporoides são a parcela mais representativa de fungos que crescem tanto na madeira em decomposição, quanto parasitando árvores. Assim, são um grupo muito importante para a decomposição de polissacarídeos complexos, como a celulose e hemicelulose presentes na madeira. Diante disso, a Mata Atlântica catarinense apresenta um número muito pequeno de macrofungos descritos, comparado com o número de espécies vegetais; além da descrição ser concentrada na região insular do estado. Nesse sentido, o grupo de pesquisa buscou coletar, estudar morfologicamente e molecularmente espécies de fungos do Parque Nacional de São Joaquim, na serra catarinense, com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre os fungos que lá ocorrem e fornecer material para futuras publicações do grupo de pesquisa. As análises morfológicas foram feitas com lupa e microscópio, sendo montadas lâminas a partir de cortes histológicos com reagentes para visualização/mensuração de estruturas. Na parte molecular, a extração foi via CTAB, e a amplificação foi feita das regiões gênicas ITS e LSU. Os 104 espécimes coletados foram identificados em 47 gêneros, sendo que nove deles eram de macrofungos poliporoides. Além disso, na parte molecular foram geradas três amostras prontas para sequenciamento e outras 11 prontas para amplificação. Como parte conjunta da bolsa, foi montado um banco de sequências, organizando dados de 239 coletas, e um miniglossário de 25 palavras, para ser disponibilizado no site do grupo de pesquisa. A escrita de um esboço de artigo científico para publicação de uma espécie nova de macrofungo poliporoide foi proposta como adaptação do plano de atividades devido à pandemia. Neste contexto, para a escrita deste artigo foram geradas mais de 2000 medições de estruturas morfológicas das amostras desta espécie nova.