Quando se aborda a relevância das Blockchains em sistemas, como o Bitcoin, conceitos importantes devem ser analisados, como é o caso do Problema dos Generais Bizantinos que apresenta um mecanismo tolerante a falhas, através da aplicação do método de consenso. Diferentes soluções, geralmente baseadas em Proof of Work e Proof of Stake, surgiram na tentativa de fornecer consenso em Blockchains, entretanto o problema surge na inefetividade destes modelos quanto ao equilíbrio entre a performance e a escalabilidade. Baseado nisso, uma arquitetura BFT (Byzantine Fault Tolerance) para Blockchains, Constantino, foi proposta por Neiheiser [Neiheiser 2019], visando eliminar a necessidade de uma terceira parte confiável, como uma solução para o problema.

Pensando nisso, a presente pesquisa propõe aprimorar a arquitetura Constantino através do desenvolvimento de testes sobre o esquema de assinaturas digitais threshold, buscando uma avaliação de sua viabilidade em uma possível implementação na arquitetura.

O protótipo criado usa a arquitetura de Cliente-Servidor, na qual o Servidor cria as chaves e filas referentes a cada Cliente, para então o Cliente poder assinar as mensagens e encaminha-las ao Servidor, que irá uni-las em uma, visando facilitar a verificação tanto por parte do próprio Servidor, quanto por parte dos Clientes utilizando a chave pública mestra.

Outro protótipo de assinatura de lista foi feito para comparar os resultados e chegar à uma conclusão. Os dados coletados apontam que o esquema de assinaturas threshold manteve-se consistente conforme o número de Clientes aumentava, ao contrário das assinaturas de lista comum, em que a inconsistência acrescia ao decorrer dos testes. Com isso, pode-se afirmar que o esquema de assinatura threshold tem viabilidade em uma implementação dentro da arquitetura para melhorar a performance e a escalabilidade. O próximo passo será a implementação dessa assinatura no Constantino para comprovar as informações obtidas nessa pesquisa.