Em agosto de 2019 entrei para a Iniciação Científica no Programa Institucional de Iniciação Científica e Tecnológica (PIBIC) do CNPq orientada pela Professora Antonella Tassinari no âmbito de seu Projeto de Produtividade em Pesquisa Nível 2 ‘Produção da pessoa, circulação de conhecimento e afinidade entre populações indígenas’. Me dediquei a uma pesquisa bibliográfica sobre ‘parto indígena’ no catálogo de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), além de ter realizado a decupagem de entrevistas, transcrevendo e selecionando cenas de uma série de entrevistas realizadas em trabalho de campo por minha orientadora com especialistas em ‘puxar barriga’, também chamadas de ‘parteiras tradicionais’ pelo sistema de saúde estadual, das etnias Galibi-Marworno e Karipuna, em 2016, no Vale do Uaçá, Oiapoque, Amapá, Brasil. A partir disso, estabeleci os objetivos para uma pesquisa própria, que intitulei ‘sistemas tradicionais indígenas de gestação, parto e pós-parto’ focada em plantas medicinais utilizadas na gestação, no parto e no pós-parto, trabalhando na realização de um pôster e um artigo acadêmico para fim de apresentá-los em eventos. Acredito na necessidade de um espaço interétnico de debate para pensarmos a relatividade das práticas de saúde existentes nas cosmologias indígenas, que se mostram em alguns casos mais eficientes do que é oferecido pelo sistema biomédico dominante.