Polímeros naturais têm sido amplamente estudados para aplicações na medicina regenerativa, dentre estes a nanocelulose bacteriana vem ganhando espaço. As diferentes propriedades na estrutura da BNC fazem com que ela se torne atrativa para aplicações biomédicas, principalmente na liberação de fármacos ou como curativo para ferimentos. Tendo em vista as propriedades da celulose bacteriana e suas aplicações satisfatórias na área biomédica, o intuito deste trabalho foi o desenvolvimento de um curativo, com capacidade adesiva, a base de BNC para reconstituição de tecidos de ferimentos. Tal material seria obtido após uma reação entre a celulose bacteriana e ácido acrílico, conduzida em exposição à radiação ultravioleta. Após a reação, as membranas passaram por sucessivas lavagens em água deionizada para remoção do ácido acrílico remanescente e, em seguida, foram secas em estufa. As membranas apresentaram propriedade adesiva preliminar satisfatória (apenas visualmente) após a secagem. A estrutura física da membrana não foi alterada pela reação, entretanto a incorporação do ácido acrílico ocorre através de uma reação de polimerização com a cadeia da celulose. A BNC-AA já seca apresentou uma adesão quando foi colocada em uma superfície de látex e em pele humana, sendo este o principal resultado observado. As demais caracterizações usuais para a discussão deste artigo (Taxa de adesão, FTIR, MEV, DSC, TGA, DRX, tensão-deformação, ângulo de contato, citotoxicidade e cicatrização de feridas) foram prejudicadas e impossibilitadas de serem realizadas em virtude da pandemia de corona vírus.