As ervas marinhas constituem um dos ecossistemas marinhos mais produtivos, com alto valor ecológico e econômico e apesar, isso, pouco se sabe ainda sobre as consequências das alterações climáticas nestas plantas. A maioria dos cenários prevê concentrações de CO2 acima de 700 ppm até 2100, o que levará à alterações nas disponibilidades relativas de carbono e outros nutrientes, com impactos prováveis no metabolismo das plantas. Assim foram investigados o efeito das altas concentrações de CO2 e de diferentes concentrações de N bem como presença herbívoros na estrutura e histoquímica de C. nodosa através de experimento em mesocosmos. O experimento teve duração de 15 dias e ao final as amostras de folhas foram processadas através de técnicas usuais em estudo de anatomia vegetal com inclusão em historesina. A folha de C. nodosa é similar às outras espécies de grama marinha, apresentando maior quantidade de cloroplastos na epiderme em comparação com as células do mesofilo, o qual é caracterizado como um aerêquima com amplas lacunas de ar, o sistema vascular é constituído por feixes vasculares colaterais, sendo um mediano de maior calibre em comparação com os demais. Ocorrem dois tipos de idioblastos: um tipo ocorrendo no mesofilo e nos feixes vasculares que armazenam diferentes substâncias ao mesmo tempo e outro tipo o idioblasto fenólico que ocorre só no bordo. Nossos resultados mostram que C. nodosa manteve estrutura anatômica e histoquímica semelhantes nos diferentes tratamentos apresentando alteração significativa no espessamento do mesofilo e na área do feixe vascular de maior calibre, indicando certa adaptabilidade às condições ambientais de cenários futuros.