O presente trabalho refere-se à minha experiência de pesquisa como bolsista PIBIC/CNPq realizada no Núcleo de Antropologia Fundamental (A-Funda), com a pesquisa INCESTO E REDES MATRIMONIAIS ARARA: Alguns problemas e um roteiro de investigação, orientado e coordenado pelo Profº Drº Márnio Teixeira-Pinto. A pesquisa tem como objetivo verificar a rede de relações matrimoniais entre os índios Arara, povo que vive em duas TI (Arara e Cachoeira Seca) próximas a Altamira no estado do Pará, e o lugar que as relações definidas como incestuosas ocupa nesta rede. Entretanto, dadas as características da pesquisa, para que seja possível a observação dos padrões matrimoniais é preciso utilizar recursos computacionais para poder identificar, no conjunto de todas as relações genealógicas traçáveis entre os indivíduos Arara, as alianças matrimoniais efetivamente realizadas. As possíveis relações entre todos os indivíduos Arara passam das centenas de milhares, emaranhadas numa rede que seria impossível de ser analisada sem ajuda de ferramentas computacionais.  Nesse sentido meu trabalho ao longo desses 12 meses, enquanto bolsista, consistiu em revisar parte da bibliografia em português sobre parentesco, sobre redes matrimoniais e incesto, bem como a revisão das tabelas de entrada de informações (indivíduos, filiação, casamento) para tratamento computacional dos dados matrimoniais Arara. Porém, os maiores desafios ao longo da pesquisa se apresentaram nos seus últimos 6 meses, mas não em função da complexidade intrínseca aos dados, mas em consequência da pandemia que comprometeu a dinâmica de um empenho maior, tal como era realizado nas instalações do núcleo de pesquisa. De todo modo, sempre há um bom aprendizado, e por isso agradeço a oportunidade desta primeira experiência de iniciação científica em antropologia, junto à pesquisa do professor coordenador, e ao CNPq pela concessão da bolsa para que esta experiência pudesse ter sido realizada.