O uso de tecnologias de DNA para identificação de variabilidade populacional é aplicado para verificar quanto os indivíduos podem ser diferentes entre si, mantendo a semelhança da espécie. E cada vez mais a ciência forense tem sido beneficiada com estas tecnologias, permitindo, por meio da tipagem ou “impressão digital” do DNA, solucionar questões cruciais como o tráfico de animal silvestre.

No Brasil é encontrada uma megadiversidade biológica o que juntamente com leis fracas e pouca punição proporciona este cenário de crime e a partir desta exploração descontrolada há a destruição de muitos habitats e o risco de extinção de espécies, sendo uma grande ameaça à conservação das espécies. O tráfico desses animais ocorre em todos os estágios de vida do mesmo, desde filhotes, ou ovos até indivíduos adultos o que desencadeia desequilíbrio em suas populações na natureza.

Quando encontrado sinais, penas, ovos, secreções ou até mesmo o animal em si, deve ser realizadas análises genéticas sobre ele a fim de ter maior conhecimento do caso que está ocorrendo, com o objetivo de ter a maior abrangência das ciências para auxiliar na justiça, apurando a veracidade de fatos criminosos, resultando na sentença condenatória ou absolvição do agente envolvido no crime. E em caso de animal vivo a possibilidade de reabilitação. As utilizações de marcadores uniparentis, biparentis, entre outros como ferramentas de identificação individual se tornaram um importante aliado ao estudo de vinculo genético, identificação criminal de suspeitos e estudo de filogenia.

A preocupação da sociedade em relação à questão do meio ambiente, saúde pública envolvendo princípios morais de proteção aos animais estão cada vez mais evidentes no mundo. As normas estão ajustando o comportamento do homem para um convívio em harmonia com a natureza, principalmente em relação aos animais. E nesta tentativa, a justiça esbarra nas arestas da diversidade e complexidade da sociedade moderna.