A cafeína é uma substância comumente ingerida como recurso ergogênico em função dos seus possíveis efeitos no desempenho. Sabe-se que a suplementação de cafeína diminui a percepção de esforço e a percepção de dor durante o exercício. Entretanto, os efeitos da ingestão dessa substância, nas respostas cardiorrespiratórias e neuromusculares, tais como alterações nos mecanismos de fadiga ainda não estão bem esclarecidas na literatura. Nessa perspectiva, o objetivo do presente estudo é analisar os efeitos da ingestão de cafeína em goma nas respostas cardiorrespiratórias, neuromusculares, e no desempenho no ciclismo. A amostra do estudo será composta por 15 ciclistas moderadamente treinados, do sexo masculino, que realizarão 5 avaliações. Na primeira visita realizarão um protocolo incremental máximo em cicloergômetro para a determinação da intensidade aeróbia máxima, do consumo máximo de O2 (VO2max), e dos limiares de transição fisiológica. Nas próximas 4 visitas, realizarão duas cargas até a exaustão na intensidade do delta 70% e outras duas até 6 min seguida de um sprint all-out de 1 min. Os testes serão realizados de forma randomizada, sendo que dois testes (um de cada modelo) serão realizados com suplementação de goma de cafeína na concentração de 300 mg. Os sujeitos ainda realizarão antes e imediatamente após as cargas até exaustão testes neuromusculares para determinar respostas de fadiga central e periférica. Os dados serão expressos como média ± DP. A ANOVA two-way com medidas repetidas será utilizada para comparar as mudanças das variáveis fisiológicas e percepção subjetiva de esforço ao longo dos testes e entre os exercícios realizados (placebo e cafeína). A magnitude das diferenças será analisada pelo Effect Size (ES). O nível de significância adotado para todas as análises será p<0,05. A hipótese do presente trabalho é que a ingestão da goma de cafeína irá atenuar a sobrecarga neuromuscular e cardiorrespiratória e aprimorar a performance.