As Tainhas, Paratis e Curimãs, nomes pelos quais são comumente chamadas as espécies do gênero Mugil, pertencentes da família Mugilidae, ordem Perciforme e classe Actinopterygii; são peixes de grande importância econômica e cultural para comunidades litorâneas brasileiras, se destacando a espécie Mugil liza como predominante (MENEZES, 1983), porém, devido a sobre-exploração pesqueira, essa espécie foi classificada como quase ameaçada, fazendo-se assim necessário o desenvolvimento de tecnologias de cultivo que garantam a conservação e a piscicultura comercial da mesma. O objetivo deste trabalho foi determinar a dureza de água doce em que podem ser realizadas a incubação dos ovos e o desenvolvimento de larvas e juvenis da tainha M. liza, com o enfoque em melhorar o protocolo de aclimatação da espécie para a água doce. Para definir o valor ideal de dureza nessa proposta seriam realizados testes agudos de sobrevivência de 96 h, utilizando seis tratamentos de três repetições com as concentrações de 20, 100, 300, 500, 700 e 900 mg L-1 de CaCO3, mais um tratamento com água do mar com salinidade 35 como controle para cada fase de crescimento. Devido ao regime adotado pela UFSC de mínimas atividades presenciais em laboratórios com o intuito de evitar a propagação do coronavírus, não foi possível realizar a reprodução da espécie pelo laboratório, impedindo o desenvolvimento dos experimentos propostos pelo projeto em tempo da vigência deste estágio de iniciação científica, logo, esse relatório final é uma revisão literária sobre a importância da espécie para a piscicultura catarinense, efeitos da dureza em juvenis de tainha M. liza criados em água doce (Scheuer, 2017) e relato das experiências e aprendizados adquiridos durante o estágio PIBIC.