Minha caminhada nesse projeto se iniciou em 2019, onde tive o primeiro contato com o material de campo da Professora Antonella Tassinari. Através da transcrição de uma série de entrevistas realizadas pela professora com especialistas em puxar barriga, parteiras tradicionais como são chamadas pelo estado, conheci um pouco sobre as técnicas de gestação, parto e pós parto praticadas pelas mulheres Galibi-Marworno e Karipuna do Vale do Uaçá, Amapá. Foquei nas plantas medicinais utilizadas nos processos que foram identificadas por elas, buscando entender o sistema cosmológico que integra as plantas, os animais, os espíritos e diversos outros seres, onde a construção do corpo humano é feita através de massagens, desde a gestação até a infância, criando o corpo dos bebês. Além de ter realizado novamente a pesquisa sobre Parto Indígena no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, obtendo novos resultados, eu e minha orientadora concordamos que seria necessário buscar entender um pouco mais sobre a história da região do baixo Oiapoque para compreender melhor essa cosmologia, por isso, me dediquei a uma pesquisa no Catálogo de Teses e Dissertações e no Portal de Periódicos da CAPES com o termo Baixo Oiapoque na área da Antropologia, além de ter selecionado outros textos para leitura, sobre a construção do corpo bem como da grande área da etnologia indígena, buscando compreender as transformações culturais que fazem parte desse sistema de gestação, parto e puerpério e as técnicas de puxar barriga, tendo a biomedicina como sistema cada vez mais dominante. Além disso realizei uma pesquisa bibliográfica no Portal de Teses e Dissertações da CAPES acerca do tema da Infância Indígena afim de complementar os acervos bibliográficos da página virtual do Núcleo de Estudos de Populações Indígenas (NEPI).