O continente Antártico é um ambiente extremo reconhecido principalmente por suas temperaturas negativas. Os fungos são espécies ubíquas que se destacam até mesmo entre os microrganismos antárticos, principalmente pela produção de metabólitos secundários com diferentes atividades biológicas. Os pigmentos são um exemplo de tais metabólitos, com a produção ocorrendo principalmente em resposta a condições hostis. Uma variedade de fungos pigmentados foi isolada do continente Antártico, não apenas vivendo no solo, rochas sedimentares, neve e água, mas também junto com líquens, musgos, rizosferas e zooplâncton. Ambientes físico-quimicamente extremos fornecem uma configuração adequada para a produção de pigmentos microbianos com qualidades e aplicações exclusivas. Considerando o potencial biotecnológico dos extremófilos e as preocupações com os pigmentos sintéticos, um grande interesse por alternativas de pigmentos naturais tem surgido. Assim, além das atividades biológicas fornecidas pelos pigmentos fúngicos (por exemplo, fotoproteção, atividade antioxidante e resistência ao estresse), os pigmentos derivados de fungos também podem ser de grande interesse para as indústrias biotecnológicas. Este vídeo-relatório apresenta uma breve explicação do ambiente antártico, do potencial biotecnológico de fungos produtores de pigmentos, além de relatar experimentos de cultivo e microcultivo para isolamento de fungos antárticos produtores de pigmentos.