O objetivo do estudo foi descrever o consumo alimentar, realização de atividades físicas, sedentárias e uso de tela em escolares de 7 a 14 anos de Florianópolis e analisar esses dados por sexo, faixa etária, tipo de escola, turno escolar, dia de semana e final de semana. Não houve tempo hábil para analisar os dados de duração do sono tendo em vista o atraso na digitação dos dados resultante da pandemia de COVID-19. 1426 escolares das redes pública e privada participaram da pesquisa. Alimentos tradicionalmente consumidos no Brasil como arroz e feijão foram observados, além de baixa proporção de consumo de frutas, verduras e legumes. Foi observado maior consumo de carne/frango entre os meninos e maior consumo de sucos e doces entre as meninas. Houve maior consumo de água, frutas, sucos, doces, legumes, verduras e queijos entre estudantes de escolas privadas e maior consumo de bolacha recheada, café com leite, refrigerante e macarrão instantâneo entre estudantes de escolas públicas. Dentre as dez atividades mais referidas pelos escolares duas são atividades de tela (mexer no celular/tablet e assistir televisão). Os meninos realizaram mais atividades como jogar futebol e vídeo game e as meninas relataram maior frequência das atividades: dançar, pular corda, pular amarelinha e brincar de boneco/boneca. Escolares da rede pública realizaram mais atividades domésticas como lavar/secar a louça e varrer o chão, enquanto os estudantes de escolas privadas realizam mais atividades como corrida, basquete/vôlei e ginástica/alongamento. Elevado consumo de alimentos ultraprocessados também foi observado, dado que requer atenção já que o consumo desse grupo pode estar associado à obesidade. A elevada frequência de uso de tela observada neste estudo também deve ser motivo de atenção devido sua associação com a diminuição da duração e qualidade do sono e obesidade, além de afetar outros diversos aspectos da vida da população em questão.