O objetivo da pesquisa é investigar e comparar o processo histórico de implantação e consolidação dos vinhedos e da vitivinicultura nas Américas, considerando as transformações ocorridas nos aspectos socioambientais e culturais desde o século XIX até o século XXI. O recorte geográfico escolhido para o projeto é amplo, mas necessário para se entender o processo de expansão da vitivinicultura numa perspectiva de História Ambiental Global. Assim, abrange as regiões vitícolas do Sul do Brasil, da Província de Mendoza na Argentina e do Vale Central do Chile, em comparação com a região da Califórnia nos Estados Unidos.  São áreas onde a vitivinicultura se desenvolveu com mais força e com amplo impacto social, econômico e ambiental, e que recentemente vêm sendo reconhecidas pela qualidade de seus produtos. Nossa metodologia procura  entender a relação entre ser humano e meio ambiente e seus impactos na constituição de sujeitos, sociedades e espaços. Aliado a isso, utiliza-se da Spatial History pelo SIG Histórico, metodologia que permite compreender o processo de como os seres humanos conviveram e alteraram a paisagem não só por meio da análise de fontes escritas, mas também pela junção de diversos tipos de dados quantitativos e espaciais num sistema de informações geográficas que permite a visualização e a percepção de novas informações. O projeto é uma parceria entre o Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental (LABIMHA) da Universidade Federal de Santa Catarina, com o Center for Spacial and Textual Analysis (CESTA) da Universidade de Stanford, bem como com a Universidad Nacional de General Sarmiento, o Instituto Argentino de Nivologia, Glaciologia e Ciencias Ambientales (LANIGLA-CONICET) e a Universidade de Cuyo.