Os agrotóxicos são amplamente utilizados na agricultura para a defesa contra insetos e pragas que possam danificar as plantações. Estes compostos são classificados como micropoluentes, pois possuem propriedades tóxicas que colocam em risco e contaminam o meio ambiente, como as águas superficiais. Por isso, é de extrema importância estudos de métodos que possam ser adicionados nos processos de tratamento de água, para remover essas substâncias com eficiência. O método de adsorção se destaca como uma excelente alternativa para a remoção desses micropoluentes da água. Diversos estudos de adsorção utilizam materiais orgânicos, especialmente aqueles que passam por processos de carbonização, devido às características adquiridas após a queima. Em razão disto, o presente trabalho avaliou um resíduo de incineração proveniente de uma indústria do estado de Santa Catarina, na remoção do agrotóxico imidacloprido. Para os experimentos foram utilizadas soluções aquosas de imidacloprido na concentração de 1 mg L-1. A concentração do agrotóxico foi quantificada através de um espectrofotômetro no comprimento de onda de 270 nm. Os estudos preliminares dos testes realizados com o resíduo de incineração, indicaram que o material apresenta um elevado potencial no tratamento de águas contaminadas com o agrotóxico, com uma remoção superior a 96% após 4 horas de contato. A partir dos resultados apresentados, etapas futuras serão desenvolvidas com o objetivo de avaliar os parâmetros da adsorção e os seus mecanismos.