Número do Painel
Autor
Instituição
UFSC
Tipo de Bolsa
PIBIC/CNPq
Orientador
FLAVIA MEDEIROS SANTOS
Depto
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA / ANT/CFH
Centro
CENTRO FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
Laboratório
Grande Área / Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais/Ciências Humanas
Sub-área do Conhecimento
Antropologia
Titulo
Desigualdades e conflitos na gestão de mortes: uma análise etnográfica das técnicas e da burocracia na construção de mortos na Grande Florianópolis
Resumo

O presente trabalho é uma pesquisa etnográfica em documentos oficiais da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina (SSP-SC) e dos pronunciamentos em sessões de deputados/as das comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC) entre março de 2020 e junho de 2021. A etnografia tem o objetivo de analisar como noções de ‘segurança’, ‘violência’ e ‘direitos humanos’ são acionadas e compreender partes da gestão de mortes no contexto da Grande Florianópolis. Por causa da pandemia de COVID-19, o trabalho de campo foi realizado de forma totalmente remota, a partir de dados disponíveis em sites oficiais do estado de SC. Para além da metodologia, a pandemia também foi um fator central na análise de documentos, pois os debates acompanhados no âmbito do legislativo catarinense passaram a tocar questões como ‘violência durante pandemia’. Encontrei a maioria dos dados disponíveis no site da ALESC, a partir da qual identifiquei certos perfis de atuação que utilizei como ferramentas analíticas para categorizar deputados/as em três tipos considerando critérios como idade, gênero, partido político, temas levantados em sessões e posicionamentos sobre segurança, violência, direitos humanos e pandemia: os ‘políticos tradicionais’; os ‘neoliberais’ e; as ‘progressistas’ que compõem a bancada feminina. A análise revelou que as propostas de deputados/as potencializam desigualdades estruturais que orientam políticas de segurança pública, seja através do silêncio sobre essas violências, como os políticos tradicionais; do ataque explícito a pautas de direitos humanos pelos políticos neoliberais; ou ainda da ênfase única em direitos de uma certa parcela da população, como é o caso das progressistas. A pesquisa evidenciou uma forma desigual de gestão de vidas e mortes em SC que privilegia políticas a uma parte limitada da sociedade enquanto reproduz a negligência como política para uma parte mais ampla da população.

Link do Videohttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/225939
Palavras-chave
Segurança pública. Direitos humanos. Violência. Desigualdades. Etnografia em documentos.
Colaboradores

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