Número do Painel
Autor
Instituição
UFSC
Tipo de Bolsa
PIBIC/CNPq
Orientador
CARLA VAN DER HAAGEN CUSTODIO BONETTI
Depto
COORDENADORIA ESPECIAL DE OCEANOGRAFIA / OCN/CFM
Centro
CENTRO DE CIENCIAS FISICAS E MATEMATICAS
Laboratório
Laboratório de Oceanografia Costeira (LOC)
Grande Área / Área do Conhecimento
Ciências Exatas e da Terra /Ciências Exatas e da Terra
Sub-área do Conhecimento
Oceanografia Geológica
Titulo
DESCRITORES MORFOMETRICOS DE TESTAS DE FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS COMO PROXIES PALEOCEANOGRAFICOS AO LONGO DO QUATERNÁRIO
Resumo

Foraminíferos são amplamente utilizados como proxies oceanográficos devido a sua abundância, rápida resposta às alterações ambientais e potencial de preservação das suas testas. O objetivo desta pesquisa foi avaliar as respostas biométricas da espécie Bolivina ordinaria aos períodos de flutuações na produtividade primária e variações na circulação oceânica, ao longo do Quaternário tardio, no talude da Bacia de Pelotas. Para isso, foram usadas fotomicrografias digitais e medidas automatizadas das testas, obtidas pelo  pacote ForImage, disponível no software R. O estudo baseou-se na análise de 947 testas de B. ordinaria, distribuídas ao longo dos testemunhos SIS-188, SIS-249 e REG-566, coletados nas profundidades de 1514 m, 2091 m e 2460 m, respectivamente. Nestes testemunhos foram identificadas dez espécies da família Bolivinitidae: B. compacta, B. doniezi, B. lowmani, B. ordinaria, Bolivina sp., B. striatula, Brizalina sp., Brizalina spinescens, Brizalina subaenariensis, Brizalina subspinescens. B. ordinaria foi a espécie mais abundante da família, com distribuição na forma de picos ao longo dos estágios isotópicos marinhos (EIM) 5 a EIM 1. Quanto ao tamanho, foram observados comprimentos de testas maiores no EIM 5 (SIS-249) e menores no EIM 2 (SIS-188). A biomassa acumulada foi maior no EIM 5 (interglacial) do testemunho SIS-249 e menor no EIM 3 do SIS-188. As flutuações observadas na abundância e biomassa de B. ordinaria são compatíveis com as mudanças nas variações do nível do mar; na distribuição das massas d´água (APAN e ACS) e na produtividade primária ocorrida entre os períodos interglaciais e glaciais. Os resultados sugerem que esta espécie infaunal (intermediária profunda) é favorecida pelo aporte regular de matéria orgânica refratária durante os períodos mais quentes, perdendo a competição com outras espécies da infauna rasa e epifauna durante os períodos glaciais, quando aumenta o fluxo de matéria orgânica lábil.

Link do Videohttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/225909
Palavras-chave
PALEOCEANOGRAFIA, ATLANTICO SUL, FORAMINIFERA
Colaboradores

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