Durante o processo de desenvolvimento de talentos faz-se importante considerar aspectos biológicos e motores como também suas características comportamentais. Portanto o objetivo do trabalho são correlacionar as fontes de satisfação para a prática, a motivação para a prática deliberada e a orientação para o trabalho e para a família de jovens atletas brasileiras de basquetebol e voleibol; e examinar a variação das fontes de satisfação para a prática, a motivação e orientação para a prática deliberada de jovens atletas brasileiras de basquetebol e voleibol ao longo do tempo. Este trabalho  longitudinal, contou com 104 atletas de voleibol e de basquetebol, utilizou a idade cronológica, massa corporal e estatura. Aplicou os questionários de motivação para a prática deliberada (DMPQ), orientação para o trabalho e família (WOFO) e as fontes de satisfação para a prática esportiva (SEYSQ). Utilizou-se estatística bayesiana para as correlações entre as categorias do SEYSQ e as do DMPQ e WOFO, além do seu comportamento ao longo do tempo. Como resultado, as correlações apresentadas foram positivas e fracas, exceto a correlação entre orientação para o trabalho e motivação para a competição que apresentou valor negativo. Ao longo do tempo observou-se que ocorre a diminuição da motivação para a prática deliberada para a competição e excelência, entretanto aumenta a orientação para competitividade, maestria e trabalho. Nas fontes de satisfação para a prática, há uma diminuição da fonte de satisfação pela influência dos pares, envolvimento parental positivo e esforço exercido. Enquanto, a influência pelas competências referenciadas por outros e as competências autorreferenciadas aumentam. Assim, conclui-se que mesmo tendo os ambientes de desenvolvimento esportivo amplamente voltados para a competição, a orientação das atletas para o trabalho parece diminuir, indicando a necessidade de criar ambientes de formação desportiva que considerem as necessidades psicológicas das atletas.