Espécies superdominantes são espécies nativas cujas populações se proliferam desproporcionalmente após distúrbios de origem antrópica. Plantas superdominantes causam impactos negativos que podem permanecer por muito tempo nas comunidades, dificultando a restauração ecológica. Uma das técnicas de restauração ecológica é o plantio de mudas de espécies facilitadoras para acelerar o processo de sucessão. O objetivo geral deste projeto é avaliar o efeito do controle da samambaia superdominante Pteridium arachnoideum e do plantio do arbusto facilitador Guapira opposita na regeneração de restinga arbustiva degradada. Para tanto, está sendo conduzido um experimento composto por quatro tratamentos que combinam dois fatores: o controle da samambaia superdominante e o plantio de uma muda de G. opposita. Os tratamentos são: (1) controle mecânico da samambaia, sem plantio de muda de G. opposita; (2) controle mecânico da samambaia, com plantio de muda de G. opposita; (3) controle mecânico + químico da samambaia, sem plantio de muda de G. opposita; (4) controle mecânico + químico da samambaia, com plantio de muda de G. opposita. Em cada um dos tratamentos, estão sendo avaliados parâmetros relacionados à regeneração da vegetação nativa e da gramínea exótica invasora Melinis minutiflora, tanto antes da instalação do experimento quanto mensalmente após a instalação do mesmo. Ainda não foram encontradas diferenças estatísticas nos parâmetros analisados entre os tratamentos, com exceção das coberturas secas de P. arachnoideum e de M. minutiflora, cujos tratamentos com controle apenas mecânico da samambaia apresentaram os melhores resultados. Esta pesquisa será conduzida por no mínimo mais um ano, a fim de se obter resultados de mais longo prazo. Espera-se que os resultados do experimento possam ajudar na compreensão de padrões de recolonização da vegetação após o manejo de samambaias superdominantes e possam prover diretrizes para subsidiar iniciativas para a restauração de restinga.