Este trabalho é parte do projeto de pesquisa “Fronteamento de constituintes e próclise na escrita brasileira oitocentista: em busca de uma gramática perdida”, do Profº Dr. Marco Antonio Martins, e tem como foco a evolução da próclise e a ordem do sujeito em peças de teatro do século XIX retiradas da plataforma interativa PB-Corpus Histórico (CORPORA). Buscamos comprovar, que, na primeira metade do séc. XIX, ainda há na escrita brasileira propriedades de uma gramática conservadora do tipo-V2 que reflete o padrão proclítico [XP]clV do Português Clássico, além de apresentar sujeitos nulos com próclise em ([XP])[DP]V e inversão do sujeito em contextos não inacusativos. Ao passo que na segunda metade, a escrita passou a refletir uma gramática do tipo-SV e a próclise é gerada pela gramática inovadora do Português Brasileiro no contexto [XP]V. Nesse sentido, encontramos grupos clíticos em textos de autores da primeira metade do século XIX, reforçando a hipótese da presença do Português Clássico na escrita brasileira, e dois dados de próclise em V1 absoluto, ambos situados na segunda metade do século XIX.