Graduanda da 5ª fase  de jornalismo da UFSC e bolsista do projeto “Transparência no jornalismo: valor ético, compromisso público e os desafios práticos para profissionais e a indústria''. Enxergando a transparência como um fenômeno social, que alcança os setores públicos, as empresas e o jornalismo, a pesquisa tem o intuito de estudar como se dá a transparência nessas diferentes áreas e como elas afetam os profissionais. 

Como bolsista desde janeiro de 2021, o meu trabalho foi basicamente atualizar, traduzir e ampliar uma grande tabela de iniciativas de transparência que a bolsista anterior iniciou. Por esse estudo, separamos as iniciativas em três grandes categorias: a) na mídia e no jornalismo; b) as de plataformas digitais; c) as dos setores públicos (órgãos e governo). 

A partir desta tabela, escrevi junto do professor orientador, Rogério Christofoletti, um artigo científico tratando especificamente das iniciativas de transparência na mídia e no jornalismo, que submeteremos na Revista Iniciacom. Durante esse trabalho, além de fazer o fichamento de artigos orientados pelo professor, nós nos encontrávamos a cada duas semanas com reuniões individuais para avançarmos na pesquisa. 

Pude também aprender diretamente com mestrandos, doutorandos e professores pelas reuniões quinzenais do grupo OBJETHOS, o Observatório de Ética da UFSC. Como resultado dessa parceria, criamos um grupo de jornalistas pesquisadores de transparência, e iremos publicar um relatório de divulgação científica junto do OBJETHOS. 

Ser bolsista desta pesquisa foi uma experiência que me desenvolveu não somente como pesquisadora, mas como jornalista. Consegui conectar os temas que discutimos na pesquisa junto das disciplinas estudadas na graduação. E eu que nunca tinha imaginado gostar da área acadêmica, sempre lembro de uma frase que o Christofoletti em janeiro, na nossa primeira reunião. “Para ser pesquisadora, precisas ser curiosa e gostar de escrever”. E descobri que isso eu tenho de sobra.