O saneamento ecológico, aquele cujo foco são os recursos, apresenta uma abordagem globalizante na qual as excretas humanas são reconhecidas como fontes de nutrientes, e não como resíduos. Inserido neste tema, está a recuperação de fósforo por meio da precipitação de estruvita advinda da urina humana, que se destaca como um processo de alta eficiência, boa viabilidade econômica e simples implantação, apresentando baixos riscos do ponto de vista ambiental. Contudo, por ser um método alternativo, a estruvita ainda gera inúmeras dúvidas acerca do seu potencial como biofertilizante, e estudos são feitos continuamente para facilitar a implementação deste recurso na agricultura. Nesse contexto, o presente trabalho propôs-se a avaliar o uso da estruvita no cultivo de hortaliças, especificamente a alface, analisando de forma microbiólogica e em questão de produtividade. Utilizando bactérias e bacteriógafos para inocular a estruvita e fertilizar o plantio, e analisando o lixiviado e o solo extraídos deste, esperou-se obter resultados de crescimento e de produtividade que se aproximam da situação real, auxiliar na compreensão quanto à segurança de consumo de alimentos consumidos crus e auxiliar na compreensão quanto ao risco de aplicação da estruvita como biofertilizante.