O objetivo deste trabalho é realizar uma comparação entre modelos de pavimento permeável quanto à interferência que a espessura da camada filtrante exerce sobre a quantidade e a qualidade da água pluvial infiltrada, visando o aproveitamento da água em usos não potáveis em edificações. Foram construídos dois modelos de pavimento permeável com revestimento de peças de concreto e camada filtrante de areia com diferentes espessuras. Os resultados foram confrontados com os dados obtidos no estudo feito com revestimento de peças de concreto permeável, em que um dos modelos continha camada filtrante de areia. Devido à pandemia causada pelo COVID-19 não foi possível realizar o estudo quantitativo, porém foi apresentado resultados do estudo de comparação. Para avaliar a capacidade filtrante dos pavimentos, foram coletadas amostras de água pluvial no estacionamento do CTC da UFSC e posteriormente filtradas através dos modelos. Após a infiltração, as amostras foram coletadas e ensaiadas no Laboratório Integrado de Meio Ambiente (LIMA) para determinação dos parâmetros de qualidade recomendados pela Agência Nacional de Águas. Os modelos demonstraram excelente eficiência na remoção de cor, turbidez, sólidos suspensos totais, coliformes fecais e fósforo total, com exceção da remoção da demanda bioquímica de oxigênio, o qual apresentou aumento na concentração. A partir da comparação com o outro estudo, foi possível constatar que os modelos com a camada de areia se mostraram mais eficientes na remoção dos poluentes que os modelos sem a presença da camada de areia. Além disso, os modelos com menores espessuras da camada filtrante de areia apresentaram melhor eficiência na redução dos poluentes e maiores porcentagens de remoção. Contudo, nenhum modelo atendeu todos os requisitos recomendados pela Agência Nacional de Águas, sendo necessário o tratamento secundário para o uso desejado.