Por ser um material versátil e de baixo custo, o plástico entrou no cotidiano da população de forma exponencial, hoje a sua produção já ultrapassa 400 milhões de toneladas. As estruturas de gestão atuais não comportam tamanha demanda, desse modo o plástico é descartado de forma inadequada o que resulta em um crescimento na quantidade do material que entra nos oceanos anualmente onde o mesmo se fragmenta em pedaços ainda menores, os microplásticos (MPs), o que pode causar estresses e impactos à biota marinha local. Ondas de calor marinhas (OCMs) são outro tipo de estressor que animais marinhos locais podem estar expostos, elas são temperaturas acima do normal da superfície marinha durante certo período de tempo e podem deixar os indivíduos mais suscetíveis aos impactos causados por outros estressores antrópicos, tais como os MPs. Atualmente, não há estudos que avaliem os impactos desses dois estressores concomitantemente sobre as espécies marinhas na cidade de Florianópolis, que tem o turismo e a maricultura como importantes atividades econômicas e que podem ser diretamente impactadas. Dessa forma, este trabalho propõe um protocolo para ensaios de toxicologia aguda considerando esses dois problemas com foco em uma espécie de interesse para a região da capital catarinense.