Estresse oxidativo (EO) e a dislipidemia estão associados a pacientes com doença renal crônica (DRC) submetidos à hemodiálise (HD). Neste contexto, intervenções nutricionais são importantes aliadas para melhora desses quadros. A linhaça (Linum usitatissimum L.) e a romã (Punica granatum L.) possuem compostos antioxidantes, anti-inflamatórios e que podem regular o perfil lipídico. O objetivo foi avaliar marcadores de estresse oxidativo e perfil lipídico de pacientes submetidos à hemodiálise, antes e após a suplementação com óleo de linhaça e extrato seco de romã. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, placebo-controlado e duplo-cego. Foi realizado na Clinirim (Florianópolis), entre os meses de abril e junho de 2021. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: suplementação e placebo. Um grupo recebeu cápsulas orais de 1 g de óleo de linhaça e 0,6 g de extrato seco de romã duas vezes ao dia por 8 semanas e outro, cápsulas placebo (1 g de óleo de girassol e 0,6 g celulose microcristalina). Dados clínicos e antropométricos foram coletados no momento inicial do estudo. Foram realizadas as análises de marcadores de estresse oxidativo (MDA, GSH, GSSG e GPx) e perfil lipídico (CT, HDL-c, LDL-c e TG) antes e após a intervenção. A média de idade foi 58,51 ± 13,28 anos, sendo a maioria do sexo masculino (54%, n=27). Os dados antropométricos basais não diferiram entre os grupos. Foi possível observar uma diminuição do MDA e da GSSG em ambos os grupos. Não houve alteração significativa nos níveis de GSH no grupo suplementado, porém houve diminuição significativa no grupo placebo. Também houve uma diminuição na atividade da GPx no grupo suplementação. A concentração sérica de triglicerídeos reduziu significativamente no grupo suplementação, após o período de 8 semanas. A suplementação empregada não apresentou efeito nos parâmetros de estresse oxidativo, mas foi eficaz em diminuir a concentração de triglicerídeos sérico.