O trabalho executado na iniciação científica se deu na elaboração de uma revisão bibliográfica. Os objetivos da revisão foram descrever a relação entre Angiotensina II (ANGII) e adipocina anti-inflamatória apelina (APL), verificar a provável relação entre APL e o SARS-CoV-2 e identificar o possível papel da APL em indivíduos obesos e idosos infectados pelo SARS-CoV-2. O surto de SARS-CoV-2 atingiu o status de pandemia (COVID-19). O SARS-CoV-2 age além do trato respiratório e apresenta associação ao Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona. ANGII regula a pressão arterial e o equilíbrio hidro-eletrolítico. A ECA2 é receptora para o vírus. A degradação da ANGII em ANG 1-7 depende da ECA2. Maior quantidade de ANGII favorece reações inflamatórias. A resposta imunológica leva a um quadro conhecido como tempestade de citocinas. A APL pode ajudar na recuperação contra o vírus, através da supressão da produção de ECA e ANGII. Em obesos, a alteração na produção de adipocinas, incluindo APL, é um mecanismo em potencial para explicar o efeito na gravidade da infecção. A obesidade está associada à maior produção de ANGII e alteração da expressão da ECA2, favorecendo o acúmulo de ANGII e estímulo a reações hiper inflamatórias. A ECA2 está expressa no tecido adiposo. O excesso de adiposidade pode levar a uma maior severidade da infecção. Envelhecimento está relacionado ao mau prognóstico e maior taxa de óbitos. A função do sistema apelinérgico durante o envelhecimento está reduzida. APL é importante na indução da sede. No envelhecimento há o aumento dos níveis de citocinas pró-inflamatórias e redução das anti-inflamatórias. Desequilíbrios eletrolíticos foram descritos em mais de 50% dos casos de hospitalização. Distúrbios mais ocorrentes são: hiponatremia e a síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético. Obesos e idosos infectados podem apresentar alta taxa de óbitos atribuídos à disfunção da APL. É preciso realizar mais estudos para que a hipótese seja comprovada.