Inicialmente, o foco do trabalho era a produção de xilo-oligossacarídeos derivados da hemicelulose de bagaço de cana-de açúcar obtidos por tratamento hidrotérmico. Contudo, em função da pandemia causada pela COVID-19 e a impossibilidade de trabalharmos presencialmente, o plano de trabalho foi alterado e optamos por desenvolver uma revisão bibliográfica sobre a arabinose, outro açúcar também derivado da hemicelulose e pectinas, porém menos explorado que a xilose. Portanto, nesse trabalho foi realizado um levantamento do conteúdo de arabinose das matérias-primas já estudadas pelo nosso grupo de pesquisa para verificar se alguma delas apresenta-se como potencial fonte de arabinose. Além disso, também foi realizada uma pesquisa sobre as aplicações potencias desse açúcar. De acordo com as caracterizações realizadas, os maiores teores de arabinose foram obtidos nos resíduos de acerola e grãos de cervejaria, correspondendo a 8%, seguido pela casca de banana apresentando 4%. O bagaço de cana-de-açúcar e o caroço de manga apresentaram valores menores que 1%. A fonte vegetal com maior conteúdo de arabinose é a beterraba que pode apresentar até 15% desse açúcar na sua composição. Portanto, os resíduos de acerola e grãos de cervejaria se apresentaram como potencias fontes desse açúcar, principalmente por se tratarem de resíduos agorindustriais.