Número do Painel
Autor
Instituição
UFSC
Tipo de Bolsa
BIPI/UFSC
Orientador
MARIA DE LOURDES ALVES BORGES
Depto
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA / FIL/CFH
Centro
CENTRO FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
Laboratório
Grande Área / Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais/Ciências Humanas
Sub-área do Conhecimento
Filosofia
Titulo
Moralidade Feminina e Sensibilidade em Kant
Resumo

Para Kant os sentimentos, afetos e paixões estão à margem do progresso científico e do conhecimento. O filósofo iluminista formaliza por meio do Imperativo Categórico que a ação moral deve ser motivada pelo dever, excluindo a influência das inclinações. A partir da leitura das obras Antropologia de Um Ponto de Vista Pragmático e Observações sobre o Sentimento do Belo e do Sublime, buscou-se demonstrar como o conhecimento objetivo, universal e ideal de Kant percebe as emoções e o feminino como uma ameaça ao racional, principalmente em passagens que explicitam as características femininas como aquelas que desviam do devido uso da razão humana. Mesmo Kant buscando provar que possamos garantir a imparcialidade submetendo as nossas máximas ao teste da universalidade, algumas teóricas feministas não consideram que uma lei moral abstrata possa ser adequada para a complexidade das relações humanas. O que está embutido nas relações sociais é corporificado e historicamente específico e parcial, sendo a universalidade em si um reflexo da experiência de um grupo socialmente dominante. Ao longo dos anos tem-se debatido sobre o privilégio dado a determinadas experiências e crenças dentro das obras kantianas, buscando identificar o que motiva as suposições de hierarquias pautadas no gênero, em detrimento da natureza das mulheres, seus desejos e habilidades. Para compreender como as experiências das mulheres tem desafiado as formulações, considerei alguns ensaios presentes na obra Feminists Interpretations of Immanuel Kant (1997), sob organização da filósofa Robin May Schott, que apontam para a necessidade desafiar a categoria de autonomia moral, lançando caminho para considerações motivadas pelo senso de responsabilidade coletiva e interdependência. O cânone, não apenas o filosófico, representa forças que ainda estão presentes e que lutam por espaço na representação cultural, por isso a importância em considerar as ações e pensamentos das mulheres diante do seu tempo. 

Link do Videohttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/226616
Palavras-chave
Kant, moral, sentimento, gênero, feminismo
Colaboradores

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