O estudo realizado buscou coletar dados provenientes do repositório oficial de dados do Tribunal Superior Eleitoral referentes aos governadores eleitos no Brasil a partir de 1982 até 2018 em todos os estados. A partir daí fora realizado um estudo documental para identificar todos os cargos políticos que foram ou não assumidos pelo indivíduo em questão e, assim, se identificou candidatos eleitos considerados outsiders. Estes, junto de sua não experiência política institucional pouco aparecem como eleitos para esse cargo de alto capital político associado, como argumenta Luís Felipe Miguel. Dos nove governadores outsiders identificados, seis foram eleitos em 2018 e isso impactou diretamente na quantidade de experiência compartilhada entre os governadores de todos os estados brasileiros como é demonstrado por meio de gráfico ao longo do trabalho. Também se buscou identificar quais partidos brasileiros conseguiram concretizar a eleição de um outsider para o executivo estadual e o impacto que isso causou para com o histórico das eleições para governador. Foram identificados partidos que se associaram a tais atores para conquistar uma cadeira no executivo estadual (PSL, NOVO, PSC). Junto a isso ocorreu uma crescente diversidade de partidos conquistando o cargo de governador ao longo do território nacional sendo que nas primeiras eleições consideradas apenas três partidos (PDS, PDT, PMDB) dominavam todas as cadeiras disponíveis para o cargo e, em 2018, tivemos a maior variedade já vista desde a redemocratização com doze partidos atingindo a eleição.