O ciclismo é uma atividade praticada no mundo inteiro. Dentre as formas utilizadas para treinamento destaca-se a utilização de feedback. O objetivo deste estudo é avaliar o efeito de dois modelos de treinamento (com feedback visual e feedback verbal) sobre parâmetros técnicos da pedalada (força efetiva positiva e negativa) durante um teste incremental máximo e com intensidade constante. Foram 30 voluntários, em três grupos: grupo feedback visual(FA), grupo feedback verbal (FV) e grupo controle (GC) sem nenhum tipo de feedback. O protocolo foi de 9 dias, no primeiro e último foi teste incremental máximo, nos outros 7 foram sessões de treinamento. Nas sessões foi verificada a frequência cardíaca (FC) e a percepção subjetiva de esforço. Os valores de força efetiva foram divididos por quadrantes e foi calculada a média, o pico e a posição do pico força efetiva. Para a análise estatística, os resultados foram divididos com apresentação do feedback e sem apresentação do feedback e uma significância de α= 0,05 foi adotada. Todos os grupos apresentaram redução da força efetiva negativa entre os treinos 1 e 7 no 4º quadrante. Em todos os grupos houve aumento da força efetiva positiva entre os treinos 1 e 7 nos quadrantes 1 e 3 (p=0,005). Para força efetiva entre os testes incrementais pré e pós na intensidade de 50% da potência máxima encontramos aumento da força efetiva positiva nos quadrantes 1 e 3 e redução da força efetiva negativa no 4º quadrante, em todos os grupos. Já na intensidade 100%, encontramos redução da força efetiva positiva nos quadrantes 1 e 3 e aumento da força efetiva negativa no 4º quadrante (p<0,05). A FC máxima reduziu entre os treinos 1 e 7 nos grupos FA e FV (p<0,05). A percepção subjetiva de esforço reduziu em todos os grupos. Concluimos que o treinamento com utilização de feedbacks (verbais ou visuais) gera menores perdas na aplicação de força e parece haver uma melhor transferência da aprendizagem da aplicação de força em intensidades submáximas.