As doenças virais são um grande problema de saúde pública, e ainda são pouco conhecidas as dinâmicas entre patógenos e hospedeiros que causam essas doenças. Sem esse conhecimento, o desenvolvimento de vacinas e tratamento contra os vírus são muito mais difíceis e trabalhosos. Pensando nisso, no projeto, nós estudamos como o sistema imune do hospedeiro humano e do mosquito vetor influenciam a evolução do Zika virus. Na teoria da coevolução, há uma constante corrida para desenvolver estratégias que façam com que aquele organismo tenha vantagem sobre outro, e isso também ocorre na dinâmica vírus-hospedeiro. Portanto, hipotetizamos que o vírus vai sofrer mutações que o permitam ter sucesso sobre o sistema imune do hospedeiro. Para isso, analisamos a evolução e o fitness viral durante diversas passagens in vitro em células de mamíferos e células de mosquitos. O fitness viral nos permite avaliar o sucesso replicativo do vírus, e como isso é influenciado pela alternância de hospedeiros. Devido à pandemia de COVID-19, os protocolos de evolução não foram realizados, e trabalhamos mais à distância, com leituras e montagem de plasmídeo expressando a sequência genômica de Zika virus. Além disso, semanalmente realizamos encontros para a discussão de artigos de relevância para nossa área.