As transformações no campus Trindade da UFSC são constantes, resultando  na necessidade da atualização periódica de mapeamentos. Quanto mais fiéis à realidade forem as informações obtidas, melhor será o planejamento de ações que visam aprimorar o campus e seu entorno.

Com o objetivo de levantar as rotas mais utilizadas pela comunidade universitária, percebeu-se a necessidade de criar uma versão atualizada da malha viária, sobretudo das vias de pedestre. Através do QGis, software de geoprocessamento, foi feita a inter-relação entre arquivo do mapa campus feito pelo DPAE, imagens de satélite do Google Earth e da malha viária extraída do Open Street Map, utilizada como camada de referência, resultando na versão atualizada de caminhos existentes no campus. A partir disso, foi possível articulá-la com dados de origem e destino provenientes das conexões de usuários da rede de wi-fi espalhada pelo campus, aplicando os critérios de anonimização conforme a Lei Geral de Proteção de Dados, foram obtidos através de uma parceria do LEUr com o LABSEC e a SETIC. Para tal, visando a menor perda de informações possível, foi criada uma planilha com o agrupamento dos roteadores em diferentes níveis do mais específico ao mais amplo, de modo que sempre que não fosse possível obter o número mínimo de cinco usuários no trajeto, fosse utilizado uma categoria mais abrangente. Por meio do QGis, os resultados obtidos foram combinados com os os caminhos atualizados, gerando uma camada com informações de origem e destino, como a quantidade de usuários.

O emprego de diferentes levantamentos, mapas e dados de conexões auxiliam na obtenção de bases de dados atualizadas e cada vez mais precisas. Assim, servem como importantes ferramentas para o planejamento do campus universitário sob a ótica da priorização do ser humano em detrimento aos meios individuais motorizados, garantindo maior acessibilidade e melhoria na qualidade dos espaços se adequando ainda mais às necessidades dos usuários.