Devido ao fato de não causarem danos às estruturas de madeira, as técnicas não destrutivas (NDT) vêm sendo amplamente aplicadas e estudadas na Engenharia Civil para a detecção de falhas internas em elementos estruturais de madeira. Dentre as possíveis técnicas NDT, destaca-se o método de avaliação da velocidade ultrassônica, que avalia o tempo de propagação do pulso ultrassônico entre dois pontos. Este método vem sendo utilizado para diagnosticar existência de falhas internas, entretanto, não costuma facilitar a identificação de mais detalhes como, por exemplo, sua geometria. Com o desenvolvimento e o aprimoramento dos ensaios ultrassônicos, pode se aplicar a tomografia ultrassônica, que pode ser utilizada para gerar um mapeamento do estado de integridade da seção do elemento analisado. O resultado da aplicação do método em um plano é um tomograma, que indica a presença de não homogeneidades que afetam a transmissibilidade do pulso ultrassônico. A presente pesquisa aplica o método de tomografia ultrassônica em dois discos, um disco de Cupressus lusitanica e um disco de Pinus elliotti, para verificar quatro estados de integridade produzidos de forma artificial e distintos em cada amostra. Salienta-se que o processo matemático aplicado na análise dos resultados levou em consideração a anisotropia inerente da madeira. Foi constatado um aumento da velocidade tangencial média com a redução do teor de umidade das amostras. Além disso, foram constatadas variações nos tomogramas entre os diferentes teores de umidade para mesma espécie, variações entre velocidades radial e velocidade tangencial para cada uma das duas espécies estudadas e influência do tipo de modelo de processamento usado na geração dos tomogramas.