Solos degradados pela mineração de carvão vegetal necessitam de ações pra mitigar os impactos ambientais causados nestas áreas. A coinoculação de microganismos associativos ajuda no estabelecimento de espécies arbóreas nestas áreas. A revegetação é mais eficiente em condições de plantio de espécies nativas, que são adaptadas às características edafoclimáticas das áreas a serem revegetadas. Microrganismos vêm sendo testados em Mimosa scabrella isoladamente, porém, este trabalho objetiva testar o efeito da coinoculação tripla de microrganismos associativos autóctones no crescimento de mudas de M. scabrella em solo não estéril de áreas de mineração de carvão de recuperação, provenientes da região carbonífera catarinense. Para tanto, um experimento foi conduzido em casa de vegetação com delineamento completamente casualizado. Os microrganismos testados consistiram em tratamentos de rizóbio (BFN) e fungo micorrízico arbuscular (FMA) consorciados com 12 bactérias associativas (coleção UFSC), além da coinucolução dupla de BFN + FMA e um tratamento controle sem inoculação, totalizando 14 tratamentos com 20 repetições cada, somando 280 unidades experimentais. Foi analisada a taxa de colonização micorrízica total das raízes, a massa seca das raízes (MSR), a massa seca da parte aérea (MSPA) da bracatinga e a absorção de N na da parte aérea. As médias das variáveis MSR, colonização micorrízica total e absorção de N não se mostraram significativamente diferentes entre si usando Scott-Knot p <5%. Contudo, para a variável MSPA houve resultados com diferença significativa (Scott-Knott; p <5%) nos tratamentos BFN+FMA+1S3, BFN+FMA+20S3 e BFN+FMA+4P3. A partir do incremento de MSPA dos três tratamentos de tripla coinoculação ressaltados anteriormente é possível formular no futuro inoculantes para bracatinga à base destes microrganismos capazes de promover o crescimento vegetal, com intuito de realizar a revegetação para recuperar áreas degradadas pela mineração de carvão.