Câncer de mama é a neoplasia mais comum em mulheres no mundo. Uma das etapas do diagnóstico do câncer de mama é a análise morfológica do tecido por meio do exame IHQ. Essa metodologia possui algumas limitações, como tempo de processamento e nº limitado de células analisadas por amostra. Assim, há a necessidade da implantação de metodologias que auxiliem aquelas já utilizadas, que permitam a detecção rápida e segura das células tumorais. A citometria de fluxo é uma metodologia rápida que permite a detecção de grande nº de células por amostra. Seu uso com a IHQ pode sobrepor as limitações de cada uma das metodologias e oferecer resultados fidedignos de forma rápida e eficiente. O objetivo do estudo foi analisar a importância da imunofenotipagem por citometria de fluxo, como metodologia complementar para o diagnóstico rápido e avaliação prognóstica de tumores sólidos. Selecionamos mulheres com diagnóstico radiológico de Birads 3 4a 4b 4c e 5, encaminhadas para a radiologia do EBSERH/HU-UFSC e submetidas a procedimento de core biopsy. Além das amostras de core biopsy, foram coletados 2 tubos de sangue, a fim de pesquisar a presença de células tumorais circulantes CK19. As amostras foram marcadas com os anticorpos e adquiridas no citômetro. Até o momento, foram coletadas 46 amostras e foram encontradas células tumorais CK19 circulantes em 2 amostras. A detecção de células tumorais CK19 positivas circulantes nas amostras de pacientes com câncer possui uma grande importância, pois mostram a circulação das células tumorais e a infiltração em linfonodos ou órgãos em pacientes livres de metástase. É um excelente marcador para identificar células neoplásicas, sua presença pode indicar o comportamento agressivo das células do câncer e metástase. Com os resultados obtidos, acredita-se que a citometria de fluxo é uma metodologia aplicável a investigação de células tumorais CK19 e pode ser utilizado para a detecção de células neoplásicas circulantes e probabilidade de metástase.