A Doença de Chagas é uma doença tropical negligenciada que afeta de 6 a 7 milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se de uma doença centenária que ainda não possui um tratamento capaz de combatê-la de maneira eficiente sem causar danos ao organismo humano. O seu agente etiológico é o protozoário Trypanosoma cruzi que, por sua vez, é transmitido por vetores triatomíneos. Baseando-se neste cenário, e levando em consideração a situação pandêmica que nos acomete, o objetivo desta pesquisa caracterizou-se como o desenvolvimento computacional de novos agentes quimioterápicos para o tratamento da Doença de Chagas. Como resultado deste novo formato de pesquisa (estudos unicamente computacionais), foi possível envolver-se com outros trabalhos do grupo de pesquisa, como a Leishmaniose. Essas oportunidades resultaram em uma publicação na revista Biomedicine and Pharmacotherapy, a qual possui fator de impacto de 6.529. O título da pesquisa publicada é “Carajurin: a anthocyanidin from Arrabidaea chica as a potential biological marker of antileishmanial activity”, sendo que os resultados obtidos através dos estudos de química computacional evidenciaram que a carajurina, dentre as opções testadas, é a molécula mais ativa no sítio ativo da Murine Inosoxy (enzima atrelada ao desenvolvimento da  Leishmaniose). A função de pontuação responsável por evidenciar tal fenômeno foi a ChemPLP e os valores de IC50 corroboram esta afirmativa. Este resultado exemplifica o potencial das técnicas de química computacional e por hora, substituem os resultados sobre a Doença de Chagas, haja vista que até o presente momento são inconclusivos.