Número do Painel | |
Autor | |
Instituição | UFSC |
Tipo de Bolsa | PIBIC/CNPq |
Orientador | CRISTINE GORSKI SEVERO |
Depto | DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURA VERNÁCULAS / DLLV/CCE |
Centro | CENTRO DE COMUNICACAO E EXPRESSAO |
Laboratório | |
Grande Área / Área do Conhecimento | Ciências Humanas e Sociais/Linguística, Letras e Artes |
Sub-área do Conhecimento | Sociolingüística e Dialetologia |
Titulo | Sobre os conceitos de oralidade segundo a perspectiva historiográfica |
Resumo | Esta pesquisa analisa os sentidos da oralidade indígena em relação às abordagens já estabelecidas da História Oral. Realizada entre junho e agosto de 2021, ela faz um primeiro levantamento bibliográfico sobre os métodos e abordagens da História Oral, visando entender as especificidades da oralidade indígena. A História Oral coincide com a própria ideia de história (Heródoto, Tucídides) e as histórias de vida no século XIX e início do XX dela se valiam. Contudo, ela desenvolveu-se após a invenção do gravador a fita. Sua metodologia consiste em realizar entrevistas gravadas com testemunhos de eventos passados e presentes. Seu início acadêmico ocorreu na Universidade de Colúmbia, nos anos 1940, caracterizando-se pelos depoimentos de membros da elite. Porém, na Itália, nos anos 1960, ela passou a ser utilizada para reconstituir a cultura popular, dar voz aos iletrados, minorias etc. Formou-se aí uma geração propondo uma história alternativa à historiografia baseada no escrito. A partir de 1970 ocorreu uma ampliação da história oral com publicações, colóquios e espaços em museus. No entanto, apesar do seu desenvolvimento, a História Oral tem dificuldade em captar a oralidade indígena, tendendo a interpretá-la como mito, lenda e tradições pueris. Porém, pensadores indígenas a partir de uma perspectiva decolonial mostram que a História Oral não difere da tradição oral, pois esta é constituída por modos de expressão pelos quais os contadores de histórias ritualizam e reatualizam o passado de maneiras diversas. História Oral e tradição oral formam um campo multissensorial que inclui expressões e experiências visuais, performativas, corporais, além, evidentemente, da palavra falada e cantada. A partir daí, conclui-se que é preciso descolonizar a História Oral, reconfigurar seu campo, para reconhecer o saber indígena como modo amplo e multifacetado das potencialidades da História Oral. Isso implica em um engajamento e no reconhecimento da especificidade da oralidade indígena. |
Link do Video | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227321 |
Palavras-chave | política linguística, oralidade, africanidade, literatura, historia |
Colaboradores |