As preocupações globais com a demanda energética devido as mudanças climáticas, têm se tornando pauta prioritária em diversas pesquisas. Assim, a importância do estudo do clima, no campo da arquitetura se mostra imprescindível para a adequação climática futura dos edifícios por meio de estratégias bioclimáticas.  Essa pesquisa tem como motivação a investigação da evolução das estratégias bioclimáticas passivas de projeto, bem como das horas de conforto e desconforto por frio e calor, utilizando como base a série histórica da cidade de São Paulo-SP. Os processos metodológicos consistem em: i) caracterização climática da região de estudo, ii) elaboração do perfil climático por meio de série histórica e iii) análise do potencial bioclimático por meio de estratégias bioclimáticas de projeto, utilizando do software AnalysisBIO.  Os resultados apresentam tendências de variações nas temperaturas, influenciando nas amplitudes térmicas, podendo induzir ao estresse térmico por frio dos ocupantes. Essa tendência de aumento é predominante em arquivos climáticos mais recentes, com característica cíclica. Assim, as porcentagens de desconforto foram mais frequentes nos anos recentes, no entanto, observa-se que em períodos de cinco anos há ocorrência de anos com temperaturas mais acentuadas por frio ou calor, os quais influenciam nas horas em conforto. A estratégia de sombreamento apresenta maiores valores de horas requeridas em anos mais recentes, apresentando aumento em 3,1% em 2018 em relação a 1989. Conclui-se que a investigação das estratégias bioclimáticas de forma evolutiva, apresenta recomendações deveriam ser aplicadas hoje nos projetos para que as edificações garantam condições de conforto térmico em São Paulo nos próximos anos.