A produção anual mundial de plástico cresce de maneira acentuada. Como consequência do gerenciamento inadequado desse resíduo, a disposição indevida no meio ambiente torna-se uma realidade. Diante disso, esses materiais ficam suscetíveis a fatores bióticos e abióticos que modificam a sua estrutura a escalas micro e nano. A degradação do plástico em pedaços menores altera as características químicas e físicas do material, afetando sua distribuição no meio ambiente e o potencial impacto biológico em organismos. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade do nanoplástico de poliestireno (NPPS) envelhecido artificialmente através da radiação UV ao organismo Daphnia magna e, posteriormente, comparar os resultados obtidos com os resultados de análises toxicológicas das partículas virgens. O NPPS utilizado nos ensaios foi polimerizado através do método de emulsão convencional. A caracterização do NPPS foi realizada através da Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET), Potencial Zeta (Pz) e Diâmetro Hidrodinâmico (DH). Como resultado, quanto à síntese do NPPS, obteve-se um polímero plástico em tamanho nanométrico, estável e com estrutura esférica de diâmetro médio igual a 88,01 ± 2,82 nm. Através dos ensaios de toxicidade aguda, observou-se uma CE50 de 223,89 ± 13,24 mg/L para o NPPS virgem não sonicado e 147,69 ± 14,13 mg/L para o NPPS virgem sonicado, demonstrando maior toxicidade para soluções que passaram pelo processo de sonicação. O processo de envelhecimento não pode ser iniciado devido às restrições das atividades presenciais na UFSC, como medida de prevenção ao coronavírus.